A morte deveria ser permanente para alguns personagens. Jason Todd era um deles.
Quando os leitores da década de 80 votaram pelo assassinato do segundo Robin, aquela decisão teve peso. A pancada telefônica que condenou Jason Todd não foi apenas um golpe de marketing – foi um momento que definiu Batman por décadas. Sua ressurreição em Under the Red Hood (2006) foi brilhante, mas desde então, o Capuz Vermelho se tornou um personagem sem direção, preso em um ciclo narrativo que não honra seu potencial trágico. Batman: Hush 2 pode – e deve – ser o fim dessa história.
1. A Ressurreição Que Perdeu o Sentido
Jason Todd voltou dos mortos como um fantasma da falha de Batman, um símbolo do que acontece quando a guerra de Bruce contra o crime falha. Mas hoje? Ele é só mais um anti-herói genérico.
Violência sem consequências: Suas tentativas de matar o Coringa já viraram piada. Quantas vezes vamos ver a mesma cena?
Domesticado demais: Integrado à Bat-Família, ele perdeu o que o tornava único – sua ameaça moral.
Diluição do legado: Sua morte original era sagrada. Agora, é só mais um evento reversível.
Hush 2 pode corrigir isso.
O verdadeiro terror do Capuz Vermelho não era sua crueldade – era o fato de ele estar certo.
A sequência de Hush tem tudo para ser um epitáfio digno:
Se Hush 2 quer ser memorável, precisa fazer o que os quadrinhos raramente fazem: deixar um personagem morto.
Jason Todd já teve sua segunda chance – e a desperdiçou. Hush 2 é a oportunidade de a DC fazer o que deveria ter feito anos atrás: deixá-lo morto. Não por crueldade, mas porque, às vezes, a melhor história é a que termina.
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